sábado, 1 de maio de 2010

O Porto


Sozinho no meu quarto
Sentimentos entorpecidos
Alarido do porto
Traz os navegantes arrependidos
São três em cada terço de hora
Que me levam até quem meu coração namora
Não com os olhos que podem ver
Mas com os olhos que podem crer



Á primeira badalada, vejo as memórias que dantes vivi
- Ah, que saudade!
Á segunda badalada, vejo os desejos que quero sentir
- Ah, que vontade!
Á terceira badalada, vejo teu corpo partir
- Ah que maldade!

Sozinho no meu quarto
Sentimentos entorpecidos
Não quero mais escutar o alarido do porto
Que traz os navegantes vividos
São três em cada terço de hora
Não trazem quem meu coração namora
Meus olhos não podem mais crer
Já não jaz aqui quem pode viver

O Pescador


Taciturno, sorumbático
É a vida do pescador
Que peixe não pesca
Só pesca a dor
Que alenta e consome
Deixa seu peito ofegante
Pois ama quem vive distante